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Textos para trabalhar na semana pedagógica das escolas









TEMA – Docência: o amor de forma prática.

Amor é prática. E quando se pensa no conceito de amor somos remetidos a outros tantos sentimentos que nos parecem abstratos. Podemos assim analisar a prática docente como meros reprodutores de conhecimento. Mas, como imaginarmos a relação humana sem ações concretas? Outrossim, o amor é imprescindível para nortear a prática educativa com o objetivo maior de favorecimento em todos os segmentos profissional e pessoal.
Vivenciamos na semana pedagógica momentos em que ações práticas vividas pelos grupos demonStrou que embora sejamos educados para alcançar resultados sem valorizar o processo, faz-se necessário uma autoreflexão perante o grupo para construímos a auto-estima e liberdade necessária para fazermos escolhas que nos tornem profissionais mais humanos e solidários com o grupo na qual estamos inseridos, compartilhando experiências, sejam elas positivas ou negativas.
Positivo é percebermos que somos um todo na busca dos mesmos objetivos, onde as diferenças somadas nos une para sermos melhores do que conseguimos ser, e, quando nos vemos de forma negativa é porque somos incapazes de seguir regras que nós mesmos criamos, e nos damos o direito de impôr aos outros, em especial aos nossos alunos. Somos que tipo de maestro? Que regem um grupo e esquecemos que fazemos parte dessa mesma orquestra?
Percebe-se então que não é utópico acreditar que temos habilidades e competências a serem desenvolvidas. De modo que ao final de cada encontro (reuniões, aulas e cursos) não haja vencidas e nem vencedores, mas pessoas que buscam meios para realizar o que já sabem das mais diversas maneiras.
TEMA:Semana Pedagógica: Construindo o espírito coletivo

Uma “semana pedagógica”, momento pontual de reflexão e aprimoramento dos profissionais na escola, serve como uma avaliação dos diversos momentos que desencadearam o que entendemos enquanto espaço da aprendizagem. A escola se faz com hábitos. E por que não discuti-los? Por que não aperfeiçoá-lo com o intuito de arrumarmos esta grande casa cultural e histórico que convencionamos chamar sistema escolar?
Na nossa escola não foi diferente, pois nossa semana pedagógica representou esta possível tradição de reflexão em torno das práticas educativas. Podemos olhar e conversar com pessoas que muitas vezes só cumprimentamos rapidamente com “bom dia” ou “boa tarde”.
Podemos discutir publicamente nossas opiniões e relatos de sala de aula que, muitas vezes omitimos pela ausência de momentos como este. Integração, foi uma das claras intenções da semana. Motivação também. O estímulo a sermos não meramente cumpridores de expediente trabalhista, mas educadores, transformadores de ações humanas. E por falar em ações humanas, iniciamos o ano com o curso sobre “Qualidade” afinal, esta deve estar presente sempre, pois o contexto atual exige de todos nós qualidade de vida, qualidade para o mercado de trabalho etc.
Para buscar “Qualidade” precisamos ser criativos e estar realmente motivados com o que fazemos.
Uma programação mereceu destaque: foi o “arrumando a casa”, realizado no BASA (associação do Banco da Amazônia) que proporcionou integração entre todos os membros da família docente com dinâmicas inovadoras para que se perpetue o espírito coletivo entre os membros.
A prática docente necessita de momentos de reflexão pois as mudanças do mundo globalizado ocorrem de forma frenética, atropelando-nos muitas vezes. Assim, é preciso discutir, ver outros pontos de vista, repensar a nossa prática, é preciso não deixar que o sistema nos desumanize.
Oficinas, comunicações, dinâmicas de grupo, discussões, bom humor, simpatia foram ingredientes deste cinco dias em que estávamos avaliando e sendo avaliados com o objetivo de alcançarmos a excelência na docência e a excelência como condição humana.
TEMA:Profissão Professor: Um sacerdócio de amor!

Um ato de amor! Essa é a expressão que mais se aproxima do que define a docência. Em uma sociedade com crises as mais diversas, deste a crise nas religiões até a crise da instituição-mor, que é a família. O professor carrega consigo a responsabilidade de tentar somar os prejuízos deixados nas vidas de crianças e adolescentes por estas crises.
É dado ao professor a tarefa de toda uma sociedade, a difícil tarefa de formar cidadãos, formar seres humanos com toda a suas potencialidades. O professor precisa lidar com vidas, tendo em mente que cada uma dessas vidas é especial, é uma responsabilidade em potencial ou vários.
Ao maestro é dado a tarefa de liderar, conduzir, sabendo que a música que será produzida irá modificar sobre tudo o próprio maestro.
Assim é a docência. Aquilo que o professor suscita nos seus alunos voltará certamente para ele, seja em forma de poema, de aprovações fantásticas nos estudos e na vida ou até mesmo em forma de indisciplina, que deve ser encarada como uma resposta sempre!
Fazendo um paralelo de tudo isso com a prática docente, o professor precisa conservar sempre a prática de “arrumar a casa”, arrumar suas idéias, arrumar suas expectativas, arrumar o compromisso uma vez firmado quando tomamos a decisão de abraçar o sacerdócio do magistério: o de educar para a vida.

ENSINAR EXIGE APREENSÃO DA REALIDADE
Outro saber fundamental à experiência educativa é o que diz respeito à sua natureza.. Como professor preciso me mover com clareza na minha prática. Preciso conhecer as diferentes dimensões que caracterizam a essência da prática, o que me pode tornar mais seguro no meu próprio desempenho.
O melhor ponto de partida para estas reflexões é a inconclusão do ser humano de que se tornou consciente. Como vimos, aí radica a nossa educabilidade bem como a nossa inserção num permanente movimento de busca em que curiosos e indagadores, não apenas nos damos conta das coisas mas também delas podemos ter um conhecimento cabal. A capacidade de aprender, não apenas para nos adaptar, mas sobretudo para transformar a realidade, para nela intervir, recriando-a, fala de nossa educabilidade a um nível distinto do nível do adestramento dos outros animais ou do cultivo das plantas.
A nossa capacidade de aprender, de que decorre a de ensinar, sugere ou, mais do que isso, implica a nossa habilidade de apreender a substantividade do objeto aprendido. A memorização mecânica do perfil do objeto não é aprendizado verdadeiro do objeto ou do conteúdo. Neste caso, o aprendiz funciona muito mais como paciente da transferência do objeto ou do conteúdo do que como sujeito crítico, epistemologicamente curioso, que constrói o conhecimento do objeto ou participa de sua construção. É precisamente por causa desta habilidade de apreender a substantividade do objeto de que nos é possível reconstruir um mal aprendizado, o em que o aprendiz foi puro paciente da transferência do conhecimento feita pelo educador.
Mulheres e homens, somos os únicos em que aprender é uma aventura criadora, algo por isso mesmo, muito mais rico do que meramente repetir a lição dada. Aprender para nós é construir, reconstruir, constatar para mudar, o que não se faz sem abertura ao riso e à aventura do espírito.
Creio poder afirmar, na altura destas considerações, que toda prática educativa demanda a existência de sujeitos, um que, ensinando, aprende, outro que, aprendendo, ensina, daí o seu cunho gnosiológico; a existência de objetos, conteúdos a serem ensinados e aprendidos; envolve o uso de métodos, de técnicas, de materiais; implica , em função de seu caráter diretivo, objetivo, sonhos, utopias, ideais. Daí a sua politicidade, qualidade que tem a prática educativa ser política, de não poder ser neutra.
Especificamente humana a educação é gnosiológica, é diretiva, por isso, política, é artística e moral, serve-se de meios, de técnicas, envolve frustrações, medos, desejos. Exige de mim, como professor, uma competência geral, um saber de sua natureza e saberes especiais, ligados à minha atividade docente.
*FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 24ª ed. Rio de janeiro: Paz e Terra, 2002.

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